segunda-feira, 9 de maio de 2011

Distúrbios de comportamento

Distúrbios de comportamento


DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO

Por que nossa educação é tão embrutecedora e cega, se nossas crianças são tão ricas?
Por que a humanidade teme tanto a espontaneidade, se a atitude espontânea conduz tão rapidamente ao crescimento responsável? Por que nos falta confiança no futuro, se forças sociais intensas e construtivas podem ser liberadas no indivíduo através da aceitação de alguns poucos princípios básicos?
(Carl R. Rogers)
Características básicas
Muitos psicólogos classificam os distúrbios de comportamento em duas categorias principais: problemas de conduta e problemas de personalidade.
Os problemas de conduta relacionam-se a comportamentos que perturbam totalmente as outras pessoas e podem ser dirigidos contra elas, visto que são hostis, agressivos, destrutivos, às vezes envolvendo delinqüência e psicopatologia.
Os problemas de personalidade são de caráter neurótico e podem ser chamados de “comportamento esquivo”, isto é, a criança tem medo dos outros, sentem-se ansiosa, evita situações que possam expô-la à crítica, ao ridículo ou à rejeição. Pode manifestar um certo grau de hostilidade, mas a menos que esteja submetida a um grau incomum de tensão, refreia essa hostilidade ou dirige-a contra si própria, sob forma de culpa ou autocrítica.
Uma das razões pela qual é difícil compreender os distúrbios de comportamento é que eles servem como fuga ou defesa contra a ansiedade. Há vários tipos diferentes de manobras que as pessoas usam, inconscientemente, como meios de lidar com a ansiedade ou tensão. Elas são chamadas “mecanismos mentais”, “mecanismos de defesa” ou mecanismos de fuga”. Estes mecanismos têm em comum o seguinte: são padrões de comportamento aprendidos com o objetivo de reduzir ou eliminar a ansiedade, ao invés de resolver os problemas que constituem a causa básica da mesma.


Fatores dos distúrbios


Os distúrbios de comportamento freqüentemente são criados ou agravados por conflitos, dos quais o mais comum é o do aluno proveniente de um lar em que os valores e os padrões aceitáveis de comportamento estão em contraste direto com os da escola.
A incidência de problemas de comportamento é maior entre os meninos do que entre as meninas. O ajustamento torna-se bastante complexo e difícil para os meninos, uma vez que a escola é identificada com padrões “femininos” de conformismo e submissão.
Os sentimentos de fracasso e desânimo que muitos estudantes desenvolvem como resultado de experiências escolares malsucedidas são a causa agravante de problemas de comportamento mais sérios.

Autismo infantil

Caracteriza-se por uma interiorização intensa e por um pensamento desligado do real. A incapacidade de se relacionar normalmente com pessoas e situações pode aparecer desde os primeiros tempos de vida e constitui o principal sintoma dessa pertubação que faz a criança viver num mundo todo particular.
Além do recuo nas relações interpessoais, as crianças autistas apresentam uma preocupação intensa com objetos materiais e diversas anormalidades de linguagem e de movimentos físicos. É freqüente elas serem diagnosticadas erroneamente como casos de retardo mental, surdo-mudez, afasia e outras síndromes.

Características da criança autista:
- Solidão em grau estremo;
- Fascinação por objetos, em contraste com o desinteresse por pessoas;
- Ausência de sorriso social;
- Não desenvolve linguagem apropriada;
- Preocupação e afeição com certo número de objetos inanimados;
- Arruma seus brinquedos sempre da mesma forma;
- Não liga para barulhos à sua volta;
- Demonstra pouca sensibilidade sensorial, falta de consciência de sua identidade e agressão autodirigida;
- Possui excelente memória;
- Permanece muda ou fala mais não usa a linguagem como meio de comunicação;
- É inteligente e bonita de aparência;
- Não mantêm contato visual com as pessoas;
- Demonstra ansiedade com freqüente, aguda, excessiva e aparentemente ilógica;
- Possui hiperatividade e movimentos repetitivos;
- É retraída, apática e desinteressada;
- Demonstra incapacidade para julgar.

Quanto mais cedo se identificar o autismo, mais eficaz será o tratamento e, em alguns casos, a sua relativa recuperação. O mais indicado é a psicoterapia prolongada, que em certos casos deve estender-se também aos pais.


São catorze os sintomas característicos e a presença de sete já é o bastante para definir o autista:
- Não se mistura com outras crianças;
- Age como se fosse surdo;
- Resiste ao aprendizado;
- Não demonstra medo de perigos reais;
- Resiste a mudanças de rotina;
- Usa pessoas como ferramentas;
- Risos e movimentos não apropriados;
- Resiste ao contato físico;
- Acentuada hiperatividade física;
- Não mantém contato visual;
- Apego não apropriado a objetos;
- Gira objetos de maneira bizarra e peculiar;
- Às vezes é agressivo e destrutivo;
- Modo e comportamento indiferente e arredio.

Agressividade


O comportamento agressivo é fruto de aprendizagem e a educação dada pelos pais desempenha um papel relevante na formação de uma personalidade mais ou menos agressiva.
A agressão é uma resposta instrumental que resulta em ganhos positivos por parte do agressor, e, quando isso não ocorre, provoca a frustação, que por sua vez pode resultar num aumento de agressividade.


Os indivíduos superagressivos e anti-sociais são oriundos, conforme investigações que têm sido feitas, de ambientes onde há:· Rejeição dos pais ou parentes;
· Excessiva tolerância da agressividade;
· Falta de supervisão dos pais ou responsáveis;
· Desvios sociais dos pais e parentes;
· Discórdias em família;
· Tratamento incoerente;
· Uso de punições físicas dolorosas;
· Ameaças de punição física.

O estudo da agressividade em crianças revela que o convívio social e os fatores instigadores de agressão no lar contribuem decisivamente para o desenvolvimento da superagressividade na criança.
No ambiente escolar, o comportamento agressivo revela-se nas mais diferentes situações e ocasiões. A criança muitas vezes é chamada de “briguenta”, ficando rotulada e sem ter quem procure ajudá-la ou orientá-la no sentido de vencer o impulso agressivo.

Medo

O medo representa uma das emoções normais da vida humana. É um estado emocional de alerta, que se caracteriza por sensação de desconforto e ansiedade ante um perigo iminente.
Basicamente, o medo é causado por dois fatores: falta de segurança e falta de amor e proteção. No entanto, existem outros fatores coadjuvantes, que merecem ser lembrados:
· Experiências prévias que provocaram medo;
· Atitude medrosa dos pais e adultos em diversas situações;
· Ameaças dos adultos quando contam histórias reais ou de fadas;
· Moléstias crônicas que prendem a criança na cama por longo tempo;
· Imaturidade da criança cujos pais são superprotetores e excessivamente ansiosos.

Nos primeiros dias de aula, é natural a criança recear a situação nova, a própria escola, os colegas, pessoas estranhas, o professor. Cabe a este mostrar-se atento, disponível e confiante.

Fobia escolar
Não se deve confundir a fobia escolar com o temor natural dos primeiros dias de aula, sobretudo na pré-escola. Se os sintomas persistirem por várias semanas, deve-se suspeitar de fobia escolar.
O comportamento de uma criança fóbica é geralmente resultado de uma mãe superprotetora, que com seu comportamento encoraja e filho a ficar em casa, inventando desculpas por doenças imaginárias etc. Outro caso é o do aluno condicionado a não gostar da escola por experiências infelizes; muitas vezes a criança pode ficar traumatizada por ser chamada de estúpida, burra, etc.


Ciúme

O ciúme é uma emoção que traz em si um potencial imprevisível de reações, quer seja experimentada pelo adulto, pelo adolescente ou pela criança. Embora não esteja diretamente ligado à vida escolar, é importante que o professor saiba identificá-lo, pois pode constituir-se em elemento capaz de interferir na aprendizagem.
O ciúme configura um diagnóstico grave quando persiste durante muitos anos.

Timidez

A superproteção ou a vida social restrita por parte dos pais são empecilhos à socialização da criança. Ela se torna dependente, insegura e acaba se isolando dos outros, dando a impressão de ser orgulhosa e antipática.
A timidez excessiva de uma criança deve ser encarada com seriedade. Provém em geral de um complexo de inferioridade cultivado por pais, irmãos, outros adultos. Os excessos de castigos corporais também levam à timidez.
Não devemos confundir a criança tímida com a apática. A apatia é um sintoma de que as coisas não vão bem com a criança; suas causas podem ser orgânicas ou emocionais (desamor, violência). Tanto a criança tímida como a apática necessitarão de amor, apoio e afeto dos pais e professores.

Fantasia

A fantasia considerada “normal” é uma forma de ajustamento da criança à realidade em que ela vive. Já a fantasia caracterizada como problema psicológico é aquela que a criança usa como uma espécie de fuga da realidade, que ela não quer aceitar por diversos motivos.
A fantasia pode vir acompanhada não só de medo como também por agressividade e outros sentimentos. A intensidade dos sentimentos e a persistência da fantasia é que vão nos dizer o seu grau de normalidade.
Considerando a fuga da realidade através da fantasia dentro dos parâmetros da normalidade, verificamos que muitas crianças conseguem isso de maneira bem original, criando em sua imaginação o que chamaríamos de “companheiros imaginários”, amigos que na realidade não existem. São pessoas, animais ou objetos com os quais a criança conversa e faz suas confidências. As crianças que buscam esses tipos de companheiros imaginários, em geral são as que vivem muito isoladas ou só no meio de adultos, o caçula que veio bem depois dos outros irmãos, o filho que sofre excesso de exigência dos pais ou que tem um relacionamento inadequado com irmãos e professores.


Existem alguns procedimentos que podem ser utilizados pelos adultos para evitar que a criança se refugie no mundo da fantasia:· Estimular seus interesses, levando-a em passeios, excursões, exposição de animais, etc;
· Introduzi-la em grupos adequados à sua idade;
· Desenvolver atividades que sejam de seu agrado e envolvam habilidades especiais.


Negativismo
É uma resistência exagerada da criança frente às imposições que o adulto lhe faz e essa resistência muitas vezes se manifesta em forma de desobediência, acompanhada até de agressividade.
O negativismo muitas vezes é acompanhado de agressividade desde o primeiro ano de vida. A permanência do negativismo, quando a criança passa a recuar o que lhe é oferecido apesar de seu desejo de aceitar, já é um distúrbio de conduta.
No início se apresenta em forma de resistência física e posteriormente, em forma de resistência verbal. Quanto mais frustada e incompreendida pelo adulto, mais negativista a criança se torna.

Agitação, inquietude e instabilidade

Aos três anos a criança não é capaz de adaptar-se a um grupo porque a instabilidade e a inquietude não lhe permitem travar uma relação direta com outras crianças. Em suas atividades ela se mostra estabanada e desmancha o que as outras estão fazendo; não pára em um único lugar, passando em minutos por todos os grupos, fala demais e não chega a escutar o que lhe dizem.
Há, entretanto, crianças sempre irrequietas ou que se tornam instáveis a partir de certos momentos de suas vidas. A instabilidade vem acompanhada às vezes de agressividade, provocando descontentamento no ambiente escolar e na vizinhança.

Sexualidade

A necessidade e a curiosidade de aprender coisas a respeito do sexo estão presentes na criança pequena na mesma proporção das outras curiosidades e necessidades.
A curiosidade em conhecer o próprio corpo, seu sexo, o sexo oposto, o corpo de seus pais, comparar-se com crianças do mesmo sexo faz parte de um interesse natural da criança.
Uma educação correta, sem ansiedades ou reações impulsivas dos pais é um dos fatores mais importantes para o equilíbrio emocional da criança. O contrário, ou seja, a não satisfação da curiosidade, deturpação da realidade e fantasias a respeito. E esta é, sem dúvida, a origem de problemas futuros que poderão evoluir para patologias graves, causando verdadeiros distúrbios de conduta sexual.
Um aspecto importante do desenvolvimento sexual de uma criança é o processo de identificação com pessoas do mesmo sexo.


Os problemas de distorção de identidade ocorrem devido à não identificação dos meninos com o pai e das meninas com a mãe, em situações de:· Ausência física ou psicológica do progenitor do mesmo sexo;
· Indefinição ou não aceitação por um dos progenitores de seu papel sexual na família;
· Excesso de autoridade do pai ou da mãe, acompanhado de admiração do filho ou da filha.

Outro aspecto importante do desenvolvimento da sexualidade é a da masturbação. Em geral é por vontade de conhecer o próprio corpo que a criança se masturba e isto lhe traz sensações agradáveis, que lhe dão prazer. Em crianças de 4 ou 5 anos dificilmente se transforma em hábito; é um comportamento natural, que deve ser encarado da forma mais espontânea possível pelos adultos.


Para que o hábito não se instale, é possível tomar algumas medidas como:· Manter a criança ocupada em atividades manuais;
· Evitar que ela fique muito tempo sozinha;
· Não forçar a criança a ir para a cama sem que esteja com sono;
· Evitar, quando possível, a companhia de crianças mais velhas que tenham esse hábito;
· Não castigar nem proibir a manipulação dos órgãos sexuais.

Se esse comportamento se tornar um hábito, é necessário encaminhar a criança a um médico ou psicólogo.

Problemas familiares

Uma grande parte dos distúrbios de comportamento reflete o desequilíbrio social e emocional das relações existentes na família.
A família é a primeira unidade coma qual a criança tem contato contínuo e é também o primeiro contexto no qual se desenvolvem padrões de socialização e problemas sociais.


Existem os mais variados tipos de famílias:· A família encabeçada por um dos pais devido à separação ou morte de um deles;
· A família também constituída pelos avós, que moram junto;
· A família em que os cônjuges são de raça ou religião diferentes;
· A família formada de um segundo casamento de um dos pais;

Os problemas mais comuns na família que podem interferir na aprendizagem são:
- Separação dos pais;
- Morte;
- Superproteção – filho único;
- Enurese (aspecto emocional);
- Vícios infantis.

A educação ainda é o único meio de romper o círculo vicioso das drogas e do álcool. Uma atitude amiga e aberta do professor e uma educação diária com fotos, poemas, histórias, filmes, podem ajudar a prevenir a criança contra os efeitos negativos que esses vícios provocam.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

ALFABETO DO SMILINGUIDO

PONTUAÇÃO - DICAS

Sinais de pontuação

Atividade para Educação Infantil e Ensino Fundamental a respeito de pontuação

Poster: campanha tabagismo



poster_tabagismo_fumo

Um banner para ser impresso e apresentado à classe. Respeitar a lei anti-fumo é muito importante e os alunos devem ser alertados sobre o mal do cigarro.

CHARGES

treinamento_homens-Bomba_terrorismo




amamentacao_banco_de_leite



charge_silvio_santos_sbt




casamento_modernidade


[IMAGEM] (908)


politico_veja



[CHARGE] entendendoomundose5

Turma da Mônica

beira-mar_ministerio_brasília


treinamento_homens-Bomba_terrorismo


homens_bomba_muçulmano_radical_religião

[CHARGE] Acordo ortográfico


[CHARGE] TV, Clayton



charge-666-diabo 

[CHARGE] Conselho de ética do galinheiro


Flanelinha-carro-bandido

[CHARGE] Verbo demitir




DICAS DE PORTUGUÊS - 03

1ª) “Ele está AO PAR ou A PAR do assunto”?
O certo é: “Ele está A PAR do assunto.”
a)    A PAR DE = “estar ciente de”;
b)    AO PAR = “em paridade, em igualdade”;“título ou moeda de
valor idêntico: câmbio ao par”: “O real e o dólar já estiveram ao par”.
2ª) COM A GENTE ou CONOSCO ou COM NÓS?
a)    Falar COM A GENTE é típico da linguagem coloquial brasileira.
Só pode ser usado em textos informais:
“A outra turma vai se reunir com a gente.”
b)    Em textos formais, que exijam uma linguagem mais cuidada,
devemos usar a forma CONOSCO:
“Nossos fornecedores querem uma reunião conosco.”
c)    Devemos usar COM NÓS antes de algumas palavras, por
exemplo:
“Ele deixou a decisão com nós todos.”
“Ele deixou a decisão com nós mesmos.”
“Ele deixou a decisão com nós dois.”
3ª) ANAL ou RETAL?
a)    ANAL é relativo ao ânus;
b)    RETAL é relativo ao reto (intestino).
Em “para se examinar a próstata, é necessário fazer o toque anal ou o toque retal?”
Alguns médicos consultados disseram que tanto faz, que toque anal não está errado; a maioria, entretanto, diz que o termo correto é toque retal, pois o “tal toque” é feito no reto.
Talvez seja uma questão de preferência. Você decide. O que não pode é deixar de fazer o exame. Vamos lá, moçada, coragem!
4ª) PREMIA ou PREMEIA? VARIA ou VAREIA?
Grupo 1 – Verbos terminados em –EAR
Todos os verbos terminados em “-ear” (= ARREAR, CEAR, FREAR,
PASSEAR, PENTEAR, RECEAR, RECREAR, SABOREAR…) são                 irregulares: fazem um ditongo “ei” nas formas rizotônicas (= 1ª, 2ª, 3ª                pessoa do singular e 3ª pessoa do plural, nos tempos do presente):
Presente do Indicativo                                Presente do Subjuntivo
EU        passEIo                                          passEIe
TU        passEIas                                        passEIes
ELE      passEIa                                          passEIe
NÓS     passeamos                                     passeemos
VÓS     passeais                                         passeeis
ELES   passEIam                                        passEIem
Grupo 2 – Grupo do M A R I O
A palavra M A R I O é formada pelas letras iniciais dos verbos MEDIAR (e o derivado INTERMEDIAR), ANSIAR, REMEDIAR, INCENDIAR e
ODIAR. São os únicos verbos terminados em “-iar” que são irregulares (=ditongo “ei” nas formas rizotônicas):
Presente do Indicativo                                 Presente do Subjuntivo
EU        odEIo                                              odEIe
TU        odEIas                                            odEIes
ELE      odEIa                                              odEIe
NÓS     odiamos                                          odiemos
VÓS     odiais                                               odieis
ELES    odEIam                                           odEIem
Grupo 3 – Verbos terminados em –IAR
Os verbos terminados em “iar”, com exceção do grupo do MARIO, são regulares (=não fazem o ditongo “ei”):
Presente do Indicativo                                  Presente do Subjuntivo
EU         copio                                               copie
TU         copias                                              copies
ELE       copia                                                copie
NÓS      copiamos                                         copiemos
VÓS      copiais                                              copieis
ELES     copiam                                             copiem
Conclusão:
O certo é PREMIA e VARIA, porque são verbos regulares (= terminam em “iar” e não pertencem ao grupo do MARIO).
Portanto, devemos usar: ele medeia, intermedeia, anseia, remedeia, incendeia e odeia (grupo do MARIO = verbos irregulares); porém ele arria, anuncia, copia, mia, PREMIA, VARIA…(=verbos regulares).
5ª) MAQUIA ou MAQUEIA?
O certo é: “Ela se MAQUIA todos os dias.”
O verbo MAQUIAR (=maquilar) é regular (=termina em “iar” e não pertence ao grupo do MARIO).

DICAS DE PORTUGUÊS - 02

1ª) DESTRATAR ou DISTRATAR?
“Ela foi destratada ou distratada pelo marido na frente dos vizinhos.”?
a)    DESTRATAR é “tratar mal”;
b)    DISTRATAR é “romper um trato”.
Portanto, o certo é: “Ela foi destratada pelo marido na frente dos vizinhos.” Quando um contrato é rompido, o documento que se assina chama-se distrato.
Agora, uma curiosidade: se quem estuda é um estudante, se quem dirige é um dirigente, se quem assiste é um assistente, quem trata é um… tratante?
Há muito tempo, talvez tenha sido. Hoje eu faço trato com muita gente, menos com um tratante. São as catacreses da língua portuguesa (= palavras que perderam o seu sentido original): salário (= pagamento que era feito em sal), secretária ( = móvel em que se guardavam segredos)…
2ª) -ISAR ou -IZAR? Paralisar ou paralizar?
-SINHO ou -ZINHO? Paisinho ou paizinho?
1) Escrevem-se com “s” (= -ISAR e –SINHO) os verbos derivados e os diminutivos de palavras que já têm “s”:
Análise    >   analisar
Aviso       >   avisar
Pesquisa >   pesquisar
Paralisia  >   PARALISAR
Casa       >   casinha
Lápis       >   lapisinho
Mesa       >   mesinha
País         >   PAISINHO (=diminutivo de país)
2) Escrevem-se com “z” (= -IZAR e –ZINHO) os verbos derivados e os diminutivos de palavras que não têm “s”:
ameno      >   amenizar
legal         >   legalizar
real           >   realizar
suave       >   suavizar
animal      >   animalzinho
balão        >   balãozinho
flor            >   florzinha
pai            >   PAIZINHO (=diminutivo de pai)
3ª) A CERCA DE ou HÁ CERCA DE ou ACERCA DE?
a)    A CERCA DE = A (preposição) + CERCA DE (perto de, aproximadamente, por volta de, em torno de):
“Estamos a cerca de dez quilômetros do estádio.” (= Estamos aproximadamente a dez quilômetros do estádio – ideia de distância);
“Ele deverá voltar ao Brasil daqui a cerca de dois anos” (tempo futuro);
ou  A CERCA DE = A (artigo) + CERCA (substantivo) + DE (preposição):
“A cerca de arame farpado foi cortada.”
b)    HÁ CERCA DE = HÁ (verbo) + CERCA DE (perto de, aproximadamente, por volta de, em torno de):
“Não nos vemos há cerca de dez anos.” (= Faz aproximadamente dez anos que não nos vemos – ideia de tempo já decorrido)
ou  “Há cerca de 40 pessoas na sala.” (= Existem perto de 40 pessoas na sala).
c)    ACERCA DE = a respeito de, sobre:
“Falávamos acerca do jogo de ontem.”
4ª) A frase “É a nova paradinha criada por Mestre Jorjão para o carnaval desse ano” está correta?
O certo é “…carnaval deste ano”, pois nos referimos ao ano em que estamos. Quando a ideia é de tempo presente (=momento, hora, dia, semana, mês, ano), devemos usar ESTE(S) ou ESTA(S):
“NESTE momento” é agora;
“ESTE dia” é hoje;
“Até o fim DESTA semana” é até o fim da semana em que estamos.
5ª) ARREIA ou ARRIA?
Depende do verbo.
ARREIA é do verbo ARREAR (= pôr os arreios): “Ele arreia o cavalo”;
ARRIA é do verbo ARRIAR (= abaixar, fazer descer) : “Ele arria as calças.”
Os verbos terminados em “– ear” são irregulares (= fazem o ditongo “ei” quando a sílaba tônica cai sobre a vogal “e”): eu arreio, tu arreias, ele arreia, eles arreiam, que eu arreie…
Os verbos terminados em “– iar” são regulares (= não fazem o ditongo “ei”): eu arrio, tu arrias, ele arria, eles arriam, que eu arrie.
Os verbos do grupo do MARIO (mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e o verbo intermediar, que é derivado) são as exceções. São os verbos terminados em “– iar” que são irregulares (= fazem o ditongo “ei”): eu medeio, anseio, remedeio, incendeio, odeio e intermedeio.

DICAS DE PORTUGUÊS - 01

1ª) Vendeu A VISTA  ou  À VISTA?
Se alguém “vendeu a vista”, deve ter vendido “o olho” (a vista = objeto direto). Seu desespero era tanto que primeiro vendeu o carro, depois vendeu um rim e agora vendeu a vista.
Se não era nada disso que você queria dizer, então a resposta é outra: “vendeu à vista”, e não a prazo (à vista = adjunto adverbial de modo).
Observe que nesse caso não se aplica o macete da substituição do feminino pelo masculino (à vista > a prazo).
Por causa disso, há muita polêmica e algumas divergências entre escritores, jornalistas, gramáticos e professores.
Sou a favor do uso do acento da crase em todas as locuções adverbiais femininas: à beça, à força, à mão, à tarde, à toa, à ultima hora, à vista, à vontade, às avessas, às claras, às vezes.
2ª) Sentou-se NA MESA ou  À MESA?
O certo é sentar-se à mesa.
Todos podem sentar-se “na mesa”, mas é falta de educação e a mesa pode não aguentar.
Nós nos sentamos à mesa. Devemos usar o acento da crase porque “à mesa” é um adjunto adverbial de lugar.
3ª) ÀS VEZES ou AS VEZES?
Na frase “Às vezes, conto para todos as vezes que fui engrupida”, não há dúvida de que ocorre crase no primeiro caso. Trata-se de um adjunto adverbial de tempo. O segundo caso é discutível, porque a frase está mal construída. Temos um erro de regência. Provavelmente, a professora queria a seguinte frase: “Às vezes ( = algumas vezes), conto para todos as vezes EM que fui engrupida.” Nesse caso, “as vezes EM que fui engrupida” seria o objeto direto do verbo CONTAR. Consequentemente não haveria crase ( = objeto direto não tem preposição).
A crase no segundo caso caracterizaria uma repetição, mesmo entre vírgulas: “Às vezes (=algumas vezes), conto para todos, às vezes ( = algumas vezes), que fui engrupida.” Agora, o objeto direto do verbo CONTAR seria “que fui engrupida”, e o adjunto adverbial às vezes estaria desnecessariamente repetido. Se fosse essa a interpretação, bastaria usar o primeiro ou o segundo: “Às vezes, conto para todos que fui engrupida” ou “conto para todos, às vezes, que fui engrupida”.
4ª) SOB ou SOBRE?
A frase “marcar sob pressão” realmente está errada. Quem exerce pressão exerce pressão SOBRE alguém ou SOBRE alguma coisa. Nesse exemplo, prefiro: “marcar POR pressão”.
a)    SOB = “embaixo de”: “Ficou SOB cuidados médicos”, “Está SOB proteção policial”.
b)    SOBRE = “em cima de”: “Pôs o livro SOBRE a mesa”, “Ele tem muita ascendência SOBRE seus empregados”.
Observe um erro lastimável: “A lágrima lhe corria sob a face.” Deve ser um choro interno!
5ª) “Obedeça SUA sede” ou “Obedeça A SUA sede”?
A campanha publicitária do refrigerante Sprite apresenta um erro de regência. OBEDECER é verbo transitivo indireto. O uso da preposição “a” é obrigatório. Deveria ser: OBEDEÇA A SUA SEDE.
O uso do acento da crase é que é facultativo: antes de pronomes possessivos (= minha, tua, sua, nossa, vossa), podemos usar ou não o artigo definido: “Obedeça a sua sede” ou “Obedeça à sua sede”.
6ª) Nova YORK ou Nova IORQUE?
É questão de padronização.
O nome da cidade (= New York) é uma homenagem à cidade de York, que fica na Inglaterra. É uma nova York. Quem prefere a forma Nova York (= traduz o new e mantém York em inglês). Entre outras justificativas, afirma: ninguém faz o aportuguesamento da cidade inglesa de York, ninguém escreve duque de Iorque.
Os defensores da forma Nova Iorque alegam falta de coerência: traduz a primeira palavra para o português e mantém a segunda no inglês.
Outro argumento é o adjetivo gentílico (= nova-iorquino), totalmente aportuguesado.
Portanto, é uma questão de preferência, e não de certo ou errado.
7ª) “Prosseguem as negociações entre EU e a firma” ou “entre MIM e a firma”?
O certo é: “entre MIM e a firma”.
Os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles) só podem ser usados na função de sujeito da oração.
8ª) BAIXAR ou ABAIXAR os preços?
Tanto faz. No sentido de “diminuir, fazer descer, reduzir”, BAIXAR e ABAIXAR são palavras sinônimas.