quinta-feira, 25 de outubro de 2012

SUGESTÕES DE PALAVRAS E EXPRESSÕES PARA USO EM RELATÓRIOS




Você pensa
Você escreve
O aluno não sabe
O aluno não adquiriu os conceitos, está em fase de aprendizado.
Não tem limites
Apresenta dificuldades de auto-regulação, pois…
É nervoso
Ainda não desenvolveu habilidades para convívio no ambiente escolar, pois…
Tem o costume de roubar
Apresenta dificuldade de autocontrole, pois…
É agressivo
Demonstra agressividade em situações de conflito; usa meios físicos para alcançar o que deseja
É bagunceiro, relaxado, porco
Ainda não desenvolveu hábitos próprios de higiene e de cuidado com seus pertences.
Não sabe nada
Aprendeu algumas noções, mas necessita desenvolver…
É largado da família
Aparenta ser desassistido pela família, pois…
É desobediente
Costuma não aceitar e compreender as solicitações dos adultos; Tem dificuldades em cumprir regras.
É apático, distraído
Ainda não demonstra interesse em participar das atividades propostas; Muitas vezes parece se desligar da realidade, envolvido em seus pensamentos.
É mentiroso
Costuma utilizar inverdades para justificar seus atos ou relatar as atitudes dos colegas
É fofoqueiro
Costuma se preocupar com os hábitos e atitudes dos colegas.
É chiclete
É muito afetuoso; demonstra constantemente seu carinho…
É sonso e dissimulado
Em situações de conflito coloca-se como expectador, mesmo quando está clara a sua participação.
É preguiçoso
Não realiza as tarefas, aparentando desânimo e cansaço. Porém logo parte para as brincadeiras e outras atividades.
É mimado
Aparenta desejar atenções diferenciadas para si, solicitando que sejam feitas todas as suas vontades.
É deprimido, isolado, anti-social
Evita o contato e o diágolo com colegas e professores preferindo permanecer sozinho; Ainda não desenvolveu hábitos e atitudes próprias do convívio social.
É tagarela
Costuma falar mais que o necessário, não respeitando os momentos em que o grupo necessita de silêncio.
Tem a boca suja
Utiliza-se de palavras pouco cordiais para repelir ou afrontar.
Possui distúrbio de comportamento
Apresenta comportamento fora do comum para sua idade e para o convívio em grupo, tais como…
É egoísta
Ainda não sabe dividir o espaço e os materiais de forma coletiva.

Dinâmica de Improvisação


A improvisação é uma ferramenta importante para se conhecer a criatividade e os conhecimentos prévios dos alunos. A improvisação planejada dá ao professor a oportunidade de aplicar conteúdos programáticos aproveitando a espontaneidade das crianças.
Objetivo: Fixar os conhecimentos adquiridos nas aulas de diferentes disciplinas por meio da expressão dramática dos alunos e de situações improvisadas.
ESTRATÉGIAS
  • Encoste as cadeiras nas paredes, criando um espaço de arena, para que todos possam se observar.
  • Exponha o tema de forma lúdica. Por exemplo, para ensinar soma e subtração, crie os países (ou reinos) da adição e o da subtração. Por meio da encenação, todos deverão contar os personagens que entram (adição) e os que saem (subtração) da história. Marque os espaços dos países com giz colorido, bolinhas de papel crepom ou outro material disponível para facilitar a visualização. Para trabalhar a Língua Portuguesa, explique às crianças que elas deverão dramatizar, por meio de gestos e expressões, as palavras da história apresentada. Por exemplo: A Juliana está (triste, alegre, furiosa) porque (foi, vai) para (a fazenda, o parque, o hospital)... Os alunos "ilustram" a história como se fossem gravuras vivas do livro. Vá formando os trechos da história até que ela faça sentido.
  • Os participantes de cada cena deverão ser escolhidos por sorteio. Cada tema será trabalhado por um grupo (matriz) de cada vez, enquanto outro grupo (espelho) observa para depois reinterpretar as cenas.
  • Todas as improvisações devem ter um tempo definido para início e término.
  • Utilize músicas durante as improvisações. Escolha-as previamente para que estejam de acordo com o que está sendo trabalhado.
DESENVOLVIMENTO
1.     O primeiro grupo-matriz apresenta sua dramatização conforme o tema escolhido.
2.     O primeiro grupo-espelho irá reapresentar a dramatização, acrescentando novas informações sobre o assunto passadas pelo professor.
3.     A atividade continua com a apresentação de outro grupo-matriz, seguida da apresentação improvisada do próximo grupo-espelho.
4.     Reserve o final da aula para apresentar um espetáculo-resumo com algumas cenas apresentadas pelos diferentes grupos.
Dicas:
  • Conduza as situações interferindo o mínimo possível. Só o faça quando o foco for desviado;
  • Respeite a forma como a criança reinterpreta os temas propostos;
  • Estabeleça roteiros para as situações abordadas;
  • Faça uma conclusão sobre o que foi ensinado e o que foi criado pelos alunos na dramatização;
  • Sempre que possível, registre os resultados com textos, fotos, filmagem etc.
  • Alguns alunos sorteados também podem fazer o registro verbal dos detalhes que aconteceram nas improvisações.
Atenção! Incentive todos os alunos e não faça comparações. O importante é a convivência com o material produzido, ou seja, as cenas.

Linhas pedagógicas


É de fundamental importância saber que existem diferentes linhas pedagógicas que vêm apresentando-se como alternativas ao método tradicional. Construtivista, Montessoriana, Waldorf ou Tradicional, conheça agora as principais correntes pedagógicas adotadas pelas escolas.

Linha Construtivista
               Inspirado nas ideias do suíço Jean Piaget (1896- 1980), o método procura instigar a curiosidade, já que o aluno é levado a encontrar as respostas a partir de seus próprios conhecimentos e de sua interação com a realidade e com os colegas. Uma aluna de Piaget, Emilia Ferrero, ampliou a teoria para o campo da leitura e da escrita e concluiu que a criança pode se alfabetizar sozinha, desde que esteja em ambiente que estimule o contato com letras e textos.
              O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estimulo a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos. A partir de sua ação, vai estabelecendo as propriedades dos objetos e construindo as características do mundo.
              Noções como proporção, quantidade, causalidade, volume e outras, surgem da própria interação da criança com o meio em que vive. Vão sendo formados esquemas que lhe permitem agir sobre a realidade de um modo muito mais complexo do que podia fazer com seus reflexos iniciais, e sua conduta vai enriquecendo-se constantemente. Assim, constrói um mundo de objetos e de pessoas onde começa a ser capaz de fazer antecipações sobre o que irá acontecer. O método enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim na rota da aprendizagem. A teoria condena a rigidez nos procedimentos de ensino, as avaliações padronizadas e a utilização de material didático demasiadamente estranho ao universo pessoal do aluno. As disciplinas estão voltadas para a reflexão e auto-avaliação, portanto a escola não é considerada rígida.
              Existem várias escolas utilizando este método. Mais do que uma linha pedagógica, o construtivismo é uma teoria psicológica que busca explicar como se modificam as estratégias de conhecimento do individuo no decorrer de sua vida.
Linha Montessoriana
             Criada pela pedagoga italiana Maria Montessori (1870-1952), a linha montessoriana valoriza a educação pelos sentidos e pelo movimento para estimular a concentração e as percepções sensório-motoras da criança. O método parte da ideia de que a criança é dotada de infinitas potencialidades. Individualidade, atividade e liberdade do aluno são as bases da teoria, com ênfase para o conceito de indivíduo como, simultaneamente, sujeito e objeto do ensino. Maria Montessori acreditava que nem a educação nem a vida deveriam se limitar às conquistas materiais. Os objetivos individuais mais importantes seriam: encontrar um lugar no mundo, desenvolver um trabalho gratificante e nutrir paz e densidade interiores para ter a capacidade de amar.
              As escolas montessorianas incentivam seus alunos a desenvolver um senso de responsabilidade pelo próprio aprendizado e adquirir autoconfiança. As instituições levam em conta a personalidade de cada criança, enfatizando experiências e manuseios de materiais para obter a concentração individual e o aprendizado. Os alunos são expostos a trabalhos, jogos e atividades lúdicas, que os aproximem da ciência, da arte e da música.

              A divisão das turmas segue um modelo diferente do convencional: as crianças de idades diferentes são agrupadas numa mesma turma. Nessas classes, alunos de 5 e 6 anos estudam na mesma sala e seguem um programa único. Posteriormente eles passam para as turmas de 7 e 8, em seguida para as de 9 e 10, e, finalmente alcançam o último estágio, que agrega jovens de 11,12,13 e 14 anos. Até os 10 anos, os alunos têm aulas com um único professor polivalente, enquanto nas salas de 11 a 14, esse professor ganha a companhia de docentes específicos para cada disciplina.
             Os professores dessa linha de ensino são guias que removem obstáculos da aprendizagem, localizando e trabalhando as dificuldades de cada aluno. Sugerem e orientam as atividades, deixando que o próprio aluno se corrija, adquirindo assim maior autoconfiança. A avaliação é realizada para todas as tarefas, portanto, não existem provas formais.
Linha Waldorf
              A Pedagogia Waldorf se baseia na Antroposofia (gr.: antropos = ser humano; sofia = sabedoria), ciência elaborada por Rudolf Steiner, que estuda o ser humano em seus três aspectos: o físico, a alma e o espírito, de acordo com as características de cada um e da sua faixa etária, buscando-se uma perfeita integração do corpo, da alma e do espírito, ou seja, entre o pensar, o sentir e o querer.
              Foi criada em 1919 na Alemanha e está presente no mundo inteiro. O ensino teórico é sempre acompanhado pelo prático, com grande enfoque nas atividades corporais, artísticas e artesanais, de acordo com a idade dos estudantes. O foco principal da Pedagogia Waldorf é o de desenvolver seres humanos capazes de, por eles próprios, dar sentido e direção às suas vidas. Tanto o aprimoramento cognitivo como o amadurecimento emocional e a capacidade volitiva recebem igual atenção no dia a dia da escola. Nessa concepção predomina o exercício e desenvolvimento de habilidades e não de mero acúmulo de informações, cultivando a ciência, a arte e os valores morais e espirituais necessárias ao ser humano.
              O currículo, que se orienta pela lei básica da biografia humana, os setênios – ciclos de sete anos- (0-7/ 7-14/ 14-21) oferece ricas vivências, alternando as matérias do conhecimento com aquelas que se direcionam ao sentir e agir. Não há repetência, justamente para que as etapas de aprendizagem possam estar em sintonia com o ritmo biológico próprio de cada idade.
              No primeiro ciclo (0-7), a ênfase é no desenvolvimento psicomotor, essa fase é dedicada principalmente às atividades lúdicas, ela não inclui o processo de alfabetização. O segundo ciclo (7-14), que corresponde ao ensino fundamental, compreende a alfabetização e a educação dos sentimentos, para que os alunos adquiram maturidade emocional. Nesta fase, não existe professores específicos para cada disciplina, mas sim um tutor responsável por todas as matérias, que acompanha a mesma turma durante os sete anos. O tutor é uma referência de comportamento e disciplina para que o aluno possa se espelhar.
              Já no terceiro ciclo, equivalente ao ensino médio (14-21), o estudante está pronto para exercitar o pensamento e fazer uma análise crítica do mundo. As disciplinas são dividas por épocas, em vez de ter aulas de diversas disciplinas ao longo do dia ou da semana, o estudante passa quatro semanas vendo uma única matéria. Nessa fase entram os professores especialistas, mas as classes continuam com um tutor.
              A avaliação dos alunos é baseada nas atividades diárias, que resultam em boletins descritivos. O progresso dos alunos é exposto detalhadamente em boletins manuscritos, nos quais são mencionadas as habilidades sociais e virtudes como perseverança, interesse, automotivação e força de vontade. Como consequência, o jovem aluno tem grandes chances de se tornar um adulto saudável e equilibrado capaz de agir com segurança no mundo.
Linha Tradicional
            A linha tradicional de ensino teve a sua origem no século XVIII, a partir do Iluminismo. O objetivo principal era universalizar o acesso do indivíduo ao conhecimento. Possui um modelo firmado e certa resistência em aceitar inovações, e por isso foi considerada ultrapassada nas décadas de 60 e 70.
            As escolas que adotam a linha tradicional acreditam que a formação de um aluno crítico e criativo depende justamente da bagagem de informação adquirida e do domínio dos conhecimentos consolidados.
            Não há lugar para o aluno atuar, agir ou reagir de forma individual. Não existem atividades práticas que permitem aos alunos inquirir, criar e construir. Geralmente, as aulas são expositivas, com muita teoria e exercícios sistematizados para a memorização. O professor é o guia do processo educativo e exerce uma espécie de “poder”. Tem como função transmitir conhecimento e informações, mantendo certa distância dos alunos, que são “elementos passivos”, em sala de aula.
           As avaliações são periódicas, por meio de provas, e medem a quantidade de informação que o aluno conseguiu absorver. São escolas que preparam seus alunos para o vestibular desde o início do currículo escolar e enfatizam que não há como formar um aluno questionador sem uma base sólida, rígida e normativa de informação.