segunda-feira, 21 de março de 2011

Como surgiu a expressão...

Como surgiu a expressão...


PAGAR O PATO
Existe mais de uma versão para a origem dessa expressão, que hoje significa: arcar com as conseqüências de ações e atitudes de outras pessoas. Uma delas conta que numa brincadeira antiga, um pato era amarrado a um poste. Os participantes deviam correr até o poste e cortar as amarras que prendiam o animal de um só golpe. Quem não conseguisse deveria pagar o pato.
SANTO DO PAU OCO
Utilizada normalmente para designar pessoas falsas, relatos contam que a expressão pode ter surgido em Minas Gerais, entre o final do século XVII e o início do século XVIII, no Período Colonial. Para driblar a cobrança do "quinto", o imposto de 20% que a Coroa Portuguesa cobrava de todos os metais preciosos garimpados no Brasil, santos em madeira oca eram esculpidos e, posteriormente, recheados de ouro em pó! Daí, santos do pau oco...

O CONTO DO VIGÁRIO
Cair no “conto do vigário" significa levar um golpe de esperteza, e uma das histórias mais conhecidas sobre a origem dessa denominação, teria como palco uma disputa entre dois vigários em Ouro Preto, no século XVIII. Um dos vigários teria proposto que amarrassem a santa num burro que estava solto na rua. Pelo plano, o animal seria solto entre as duas igrejas. A paróquia que o burro tomasse a direção ficaria com a imagem. O animal foi para a igreja de Pilar, que acabou ganhando a disputa. Mais tarde teria sido descoberto que o burro era do vigário dessa igreja.
Em Portugal, a expressão tem uma versão mais apropriada para o assunto. Um golpe aplicado no século XIX teria sido o responsável pela má fama dos vigários. Alguns malandros chegavam a cidades desconhecidas e se apresentavam como emissários do vigário. O grupo afirmava que tinham uma grande quantia de dinheiro numa mala que estava bem pesada e que precisaria guardá-la para continuar viajando. Mas, como garantia, solicitavam aos moradores da cidade uma quantia de dinheiro para viajarem tranqüilos. E assim desapareciam. Quando a população abria a maleta descobria um monte de bugigangas sem valor. Estava em prática o conto do vigário!
Dica de leitura: A coluna O Berço da Palavra, de Márcio Cotrim, todos os domingos no Correio Braziliense.

Nenhum comentário:

Postar um comentário